Pessoas utilizando Ruby geralmente têm uma forma de instalar diferentes versões do Ruby, gerenciar seus pacotes (ou gemas) e as dependências das gemas.
Algumas plataformas possuem o Ruby pré-instalado ou disponível como um pacote. A maioria dos “rubistas” não os usam, e se usam, é apenas para inicializar outro instalador ou implementação do Ruby. Ao invés disso, rubistas tendêm a instalar um gerenciador para instalar e alternar entre diversas versões do Ruby e seus ambientes de projeto.
Abaixo estão os gerenciadores Ruby mais populares:
O Ruby foi criado por Yukihiro “Matz” Matsumoto, que continua a ser uma espécie de BDFL, embora isso esteja mudando recentemente. Como resultado, a implementação de referência do Ruby é chamada de MRI (Matz’ Reference Implementation), e quando você ver uma versão do Ruby, ela está se referindo a versão de lançamento do MRI.
As três principais versões do Ruby em uso são:
A diferença entre a versão 1.8.7 para 1.9.x é muito maior do que a da 1.9.3 para a 2.0.0. Por exemplo, a série 1.9 introduziu encodes e uma VM bytecode. Ainda existem projetos na versão 1.8.7, mas eles estão tornando-se uma pequena minoria pois a maioria da comunidade migrou para a versão, pelo menos, 1.9.2 ou 1.9.3.
O ecossistema Ruby conta com várias diferentes implementações do Ruby, cada uma com pontos fortes e estados de compatibilidade. Para ser claro, as diferentes implementações são escritas em diferentes linguagens, mas todas elas são Ruby. Cada implementação possui hooks especiais e recursos extra, mas todas elas executam arquivos normais do Ruby tranquilamente. Por exemplo, JRuby é escrita em Java, mas você não precisa saber Java para utilizá-la.
Muito maduras/compatíveis:
Medianamente maduras/compatíveis:
Pouco maduras/compatíveis:
Implementações Ruby podem ter seus próprios números de lançamento, mas elas sempre focam em uma versão específica da MRI para compatibilidade. Diversas implementações têm a capacidade de entrar em diferentes modos (1.8 ou 1.9, por exemplo) para especificar qual versão da MRI focar.
A maioria das implementações Ruby dependem fortemente da Ruby Spec. Ruby não tem uma especificação oficial, então a comunidade tem escrito especificações executáveis em Ruby para testar a compatibilidade de suas implementações com a MRI.
RubyGems é um gerenciador de pacotes para Ruby mantido pela comunidade. RubyGems vem com o Ruby, portanto não é preciso baixar separadamente.
Os pacotes do Ruby são chamados de “gemas”, e elas podem ser hospedadas pela comunidade em RubyGems.org. Cada gema contém seu código-fonte e alguns metadados, incluindo coisas como versão, dependências, autor(es) e licença(s).
Bundler é um gerenciador de dependências para as gemas. Ele usa a Gemfile de um projeto para encontrar dependências, e então busca as dependências dessas dependências de forma recursiva. Ele faz isso até que todas as dependências sejam resolvidas e baixadas, ou para se encontrar um conflito.
O Bundler gerará um erro se encontrar um conflito entre dependências. Por exemplo, se a gema A requer versão 3 ou maior que a gema Z, mas a gema B requer a versão 2, o Bundler irá notificá-lo que há um conflito. Isso se torna extremamente útil quando diversas gemas começam a referenciar outras gemas (que referem-se a outras gemas), o que pode formar uma grande cascata de dependências a serem resolvidas.
Testes são uma grande parte da cultura do Ruby. O Ruby vem com o seu próprio framework de teste de unidade chamado minitest (ou TestUnit para Ruby versão 1.8.x). Existem diversas bibliotecas de teste com diferentes objetivos.
A comunidade Ruby orgulha-se de ser uma comunidade aberta, diversa, e receptiva. O próprio Matz é extremamente amigável, e a generosidade dos rubistas em geral é incrível.
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Originalmente contribuído por Jon Smock e atualizado por 2 colaborador(es).